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quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Trajetória do movimento cultural sexta na praça


A trajetória do Movimento Cultural Sexta na Praça começou com alguns jovens da comunidade do Morro da Conceição, que participavam do Grupo de Jovens Crescendo no Morro, a qual fazia parte do Projeto que tinha o mesmo nome. Então a parti de algumas vivências em Movimentos Culturais a ex: das Quartas Literárias que acontecia no CCLF () o grupo começou a perceber que a comunidade precisa de uma ação cultural que aglutinasse as artes no geral (poesia, teatro, dança e outras) juntamente com uma ação pedagógica, ou seja, não seria um movimento apenas que os grupos se apresentassem e ponto, a proposta era de unir princípios da educação popular, cultura, informação e política. Sendo assim uma ação política pedagógica.

 De início foram várias ideias que surgiram em relação ao nome, ficando assim Sexta na Praça. Aconteceria toda última sexta feira de cada mês, com uma temática, a primeira ação aconteceu em outubro de 2006 com a temática família. A ação teve uma boa aceitação da comunidade e dos grupos que foram mobilizados a participar, o impacto foi visivelmente e plausível diante do que os jovens tinham organizado.  Portanto no ano seguinte o Projeto acabou alguns jovens seguiram outros caminhos ficando fora do processo mobilização. Então alguns dos jovens que estavam no processo decidiram continua com a mobilização comunitária, articulando e envolvendo outros jovens do bairro e adjacências. A primeira ação enquanto realização do grupo Quebra Kabeça foi uma sexta com a temática do voto.

 Daí por diante continuamos já trabalhamos temas como violência contra mulher, gênero, diversidade sexual dentre outras. Já são cinco anos de resistência, dificuldades? Algumas, mas não desistimos de colocar a Sexta na Praça na rua, atualmente acontece na penúltima sexta feira do mês bimensal, com apoio da Diaconia e parceria com outros grupos. Tem sido bastante desafiador para todo o grupo, pois cada um/a tem suas agendas de compromisso pessoal (trabalho, estudos, família e outros). Não é fácil colocar uma ação cultural na rua que demanda estrutura física e humana.  Portanto acreditamos no potencia da comunidade que tem uma história de resistência e de luta a favor dos direitos sócias. Mostrando para comunidade que a história onde elas moram é riqueza que o Recife tem.

Além do mais, que o bairro vai para além da famosa Festa do Morro, não negamos o valor da festa para nossa comunidade, pois é cultura de um povo religioso. Portanto o Movimento Cultural é uma ação positiva porque é organizado por jovens, desmistificando a ideia de Juventude que não tem responsabilidade e que não quer saber de nada. A juventude que ação sim, falta lhe oportunidade e credibilidade que as pessoas não têm com o mesmo. “ O jovem no Brasil não é levado a sério”

Esse mês vai está focando em cima da semana da consciência negra, esse tema é a primeira vez que vamos aborda na sexta. De suma importância por todo contexto que envolve esse tema e por toda luta do povo negro. Então esperamos por vocês lá nessa grande mobilização comunitária.

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